Quem quer adquirir um imóvel ou um veículo, mas não conta com dinheiro suficiente para fazer uma compra à vista, pode recorrer a duas opções: financiamento ou consórcio. Essa é uma decisão que afeta diretamente seu planejamento financeiro. Ela depende do tempo que você pode esperar e do quanto está disposto a pagar para transformar seu sonho em realidade. Por isso, é importante avaliar seu orçamento pessoal e ter certeza de qual opção cabe no seu bolso e oferece as condições mais vantajosas. Para ajudar, separamos algumas informações. Saiba, neste post, como funciona cada opção e faça essa escolha de forma inteligente, sem prejudicar seu bolso! O consórcio é uma forma de poupança, investimento e aquisição de bens baseada na união de pessoas físicas ou jurídicas, que formam grupos com objetivos semelhantes. A administradora é a empresa responsável por gerir todo o processo, garantindo que, ao final do prazo, cada membro tenha suas expectativas atendidas da melhor forma possível. A cada mês, é realizada uma assembleia, que atualiza todos os participantes sobre o andamento do grupo e define os contemplados por sorteio e lances daquele período. São esses os membros que vão receber sua carta de crédito para adquirir o que almejam. Não é possível garantir a contemplação para nenhum participante em algum mês específico. Não há diferenciação entre os participantes, e você pode ser sorteado no primeiro mês ou no último. Se tiver mais urgência na contemplação, pode tentar antecipá-la por meio da oferta de lance. A dinâmica do financiamento Já o financiamento é uma espécie de compra parcelada, na qual o valor é dividido em um prazo estabelecido por contrato. Você paga uma fração da dívida por mês e, sobre o saldo devedor restante, são cobrados juros periodicamente. O financiamento pode envolver diferentes exigências, entre elas: · não ter restrições no CPF no momento da contratação; · ter um histórico de relacionamento com o banco; · pagar impostos, taxas e tarifas bancárias inclusas no processo, entre outros. Dependendo do banco, do bem a financiar e da linha de crédito, há outras condições a serem atendidas. Diferentemente do consórcio, no qual são os próprios membros do grupo que se autofinanciam — no financiamento tradicional quem realiza a compra do imóvel ou do veículo é o banco, e a pessoa segue pagando até quitar o valor total da dívida. Ou seja, ele intermedeia a realização dos projetos, cobrando juros e tarifas pelo serviço prestado e pelo crédito concedido. As formas de pagamento As formas de pagamento também são diferentes nas duas modalidades de negócio. Confira, a seguir, as características de cada uma. O consórcio não exige entrada, e as parcelas são pagas mensalmente, de acordo com o valor e o prazo estabelecidos na hora da contratação. É importante atentar a isso para garantir que esse dinheiro estará disponível no seu orçamento mensal, já que é um compromisso sério assumido a longo prazo. Os valores variam entre as administradoras, pois o percentual da taxa de administração de cada uma é diferente, e o reajuste das parcelas pode seguir índices econômicos variados. A taxa de administração é basicamente a remuneração da administradora, usada para manter sua infraestrutura funcionando e permitir a boa gestão dos recursos de todos os consorciados. Além dela, há outros custos envolvidos, que serão explicados logo mais. Financiamento O financiamento só acontece se você atender às condições exigidas pela instituição na qual está pleiteando o crédito. A maioria requer que o comprador disponibilize parte do valor do bem desejado como entrada, que é uma forma de atestar sua disponibilidade financeira. Antes de efetivar a contratação, é preciso apresentar toda a documentação necessária para avaliar seu cadastro. Isso pode incluir, além dos documentos pessoais e comprovantes de renda, além de documentos que atestem a capacidade financeira. As taxas e os juros cobrados O consórcio não tem juros, já que você e os outros membros estão usando seu próprio dinheiro. Há outros custos que, mesmo somados, ainda são uma opção mais viável e econômica que os financiamentos. Entre eles, estão: · fundo comum: trata-se do valor que todo consorciado paga para formar um fundo destinado à aquisição de um bem. A contribuição mensal do fundo comum é obtida mediante um percentual sobre o valor do crédito contratado; · taxa de administração: é a taxa que o consorciado paga à administradora em função dos serviços que ela presta; · fundo de reserva: é destinado a proteger o funcionamento do grupo, cobrindo eventuais inadimplências e outras despesas relacionadas aos consorciados/grupos; · seguro: quando contratado, é utilizado para garantir o pagamento das parcelas em caso de morte ou inadimplência do segurado; · taxa de adesão: essa taxa geralmente é cobrada pelas administradoras para custear suas próprias atividades. Basicamente, a taxa de administração e o fundo comum fazem parte da composição das parcelas na maioria dos consórcios. Já os demais valores podem ou não estar incluídos. Por isso, vale a pena pesquisar para encontrar opções mais vantajosas. Lembre-se apenas de não abrir mão daquilo que garante sua segurança.
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